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24 de abr. de 2010




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ETERNO - CHARLIE CHAPLIN

Luzes da Ribalta
Charlie Chaplin.Versão Antônio Almeida e João de Barro

Vidas que se acabam a sorrir
Luzes que se apagam, nada mais
É sonhar em vão, tentar aos outros iludir
Se o que se foi, pra nós
Não voltará jamais
Para que chorar o que passou
Lamentar perdidas ilusões
Se o ideal que sempre nos acalentou
Renascerá, em outros corações.

17 de abr. de 2010

A Cidade Até Ser Dia

Anabela

De madrugada saio para rua
A cidade está à minha frente
E de repente a cidade é minha e tua
A cidade é de toda a gente
Entre um gin e um beijo
Vamos nós de bar em bar
Sinto tudo o que vejo
Há um brilho no ar
Quando cai a noite na cidade
Há sempre um sonho e há magia
À noite na cidade,
Há sempre um sonho, até ser dia
As cores da noite
Dão um brilho à cidade
Fazem luz até se fazer dia
Entre a lua e o sol
Vamos nós de rua em rua
Amanhã de manhã
Já será outro dia
Quando cai a noite na cidade
Há sempre um sonho e há magia
À noite na cidade,
Há sempre um sonho, até ser dia

ADRIANA CALCANHOTO - PALPITE...


To com saudade de você

Debaixo do meu cobertor

De te arrancar suspiros

Fazer amor.

To com saudade de você

Na varanda em noite quente

E do arrepio frio que dá na gente

Truque do desejo,

Guardo na boca o gosto do beijo
Tudo que acontece uma vez poderá nunca mais acontecer, mas tudo o que acontece duas vezes, certamente acontecera uma terceira.
Paulo Coelho

Não haverá borboletas se a vida não passar por longas e silenciosas metamorfoses." Rubem Alves


15 de abr. de 2010

Momento Nostalgia - CLAUDIO NUCCI

Letra da musica Quero Quero:

Ai, eu quero, quero tanto

Que você me aceite do jeito que eu sou

Muito inibido, recatado, tímido, puro de amor

Ai, eu quero, quero tanto

Que você me aceite do jeito que eu sou

Arrebatado, atirado, rápido, sem pu..dor

Sempre nessa vida solta

Fazendo a gente se chegar

Ao encontro natural

Muito bom de se ficar

Ai, eu quero, quero tanto

Que você me aceite do jeito que eu sou

Muito inibido, recatado, tímido, puro de amor

Ai, eu quero, quero tanto

Que você me aceite do jeito que eu sou

Arrebatado, atirado, rápido, sem pu..dor

Ai, eu quero, quero tanto

Que você me aceite do jeito que eu sou

Muito inibido, recatado, tímido, puro de amor

Ai, eu quero, quero tanto

Que você me aceite do jeito que eu sou

Arrebatado, atirado, rápido, sem pu..dor

Sempre nessa vida solta

Fazendo a gente se chegar

Ao encontro natural

Muito bom de se ficar

Ai, eu quero, quero tanto

Que você me aceite do jeito que eu sou

Descabelado, malucado, doido

Mas muito integrado nesse nosso amor
Tenho fases, como a lua
Fases de andar escondida,
fases de vir para a rua...
Perdição da minha vida!
Perdição da vida minha!
Tenho fases de ser tua,
tenho outras de ser sozinha.
Cecília Meireles

PERFEITO...

SOLIDARIEDADE

Sou ligado pela herança do espírito e do sangue
Ao mártir, ao assassino, ao anarquista.
Sou ligado
Aos casais na terra e no ar,
Ao vendeiro da esquina,
Ao padre, ao mendigo, à mulher da vida,
Ao mecânico, ao poeta, ao soldado,
Ao santo e ao demônio,
Construídos à minha imagem e semelhança
Murilo Mendes

REALIDADE DE MUITOS...

Um homem pode viver feliz com qualquer mulher desde que não a ame.
Oscar Wilde

J.G. de Araujo Jorge


E o resto é silêncio...
E então ficamos os dois em silêncio, tão quietos
como dois pássaros na sombra, recolhidos
ao mesmo ninho,
como dois caminhos na noite, dois caminhos
que se juntam
num mesmo caminho...
.
Já não ouso... já não coras...
E o silêncio é tão nosso, e a quietude tamanha
que qualquer palavra bateria estranha
como um viajante, altas horas...
Nada há mais a dizer, depois que as próprias mãos
silenciaram seus carinhos...
Estamos um no outro
como se estivéssemos sózinhos...
O sonho encheu a noite
Extravasou pro meu dia
Encheu minha vida
E é dele que eu vou viver
Porque sonho não morre.
Adélia Prado
O meu mundo não é como o dos outros, quero demais, exijo demais; há em mim uma sede de infinito, uma angústia constante que eu nem mesma compreendo, pois estou longe de ser uma pessoa; sou antes uma exaltada, com uma alma intensa, violenta, atormentada, uma alma que não se sente bem onde está, que tem saudade… sei lá de quê!
Florbela Espanca

13 de abr. de 2010

Há sempre alguma loucura no amor. Mas há sempre um pouco de razão na loucura. Friedrich Nietzsche


Os Gatos
“Ele fixaria em Deus aquele olhar de esmeralda diluída, uma leve poeira de ouro no fundo. E não obedeceria porque gato não obedece. Às vezes,quando a ordem coincide com sua vontade, ele atende mas sem a instintiva humildade do cachorro, o gato não é humilde, traz viva a memória da liberdade sem coleira. Despreza o poder porque despreza a servidão. Nem servo de Deus. Nem servo do Diabo.
Mas espera, já estou me precipitando, eu pensava naquela fábula da infância: é que Deus Nosso Senhor pediu água ao cachorro que lavou lindamente o copo e com sorrisos e mesuras foi levá-lo ao Senhor. Pedido igual foi feito ao gato e o que fez o gato? O fingido escolheu um copo todo rachado, fez pipi dentro e dando gargalhadas entregou o copo nojento na mão divina.
Acreditei na fábula, na infância a gente só acredita. Mais tarde, conhecendo melhor o gato, descobri que ele jamais teria esse comportamento, questão de feitio. De caráter. Ele ouviria a ordem e continuaria deitado na almofada, olhando. Quando se cansasse de olhar, recolheria as patas como o chinês antigo recolhia as mãos nas mangas do quimono. E mergulharia no sono sem sonhos, gato sonha menos do que cachorro que até dormindo se parece com o homem. Outro ponto discutível: dando gargalhadas? Mas gato não dá gargalhada, só cachorro. Meus cachorros riam demais abanando o rabo, que é o jeito natural que eles têm de manifestar alegria, chegavam mesmo a rolar de rir, a boca arreganhada até o último dente. O gato apenas sorri no ligeiro movimento de baixar as orelhas e apertar um pouco os olhos, como se os ferisse a luz. Esse é o sorriso do gato – ô bicho sutil! indecifrável. Inatingível.
Nem pior nem melhor do que o cachorro, mas diferente. Fingido? Não, ele nem se dá ao trabalho de fingir. Preguiçoso, isso sim. Caviloso. Essa palavra saiu da moda mas deveria ser reconduzida, não existe melhor definição para a alma do felino. E de certas pessoas que falam pouco e olham. Olham. Cavilosidade sugere esconderijo, cave – aquele recôncavo onde o vinho envelhece.
Na cave o gato se esconde, ele sabe do perigo. Mas o cachorro se expõe, inocente.
Foi na minha juventude que conheci o gato bem de perto. Me preparava para os vestibulares da Academia do Largo de São Francisco, era noite. E eu lia Iracema sem vontade, lia em voz alta, aos brados, para espantar o sono. Então ouvi um ruído brusco de coisa algodoada entrando pela janela e parando atrás da minha cadeira. Senti o olhar da coisa se fixando em mim. Fui me voltando devagar, afetando aquela calma que estava longe de sentir: um gato malhado, espetado nas quatro patas, me encarava, perplexo. Eu também perplexa. Fomos nos recuperando do susto, eu menos tensa do que ele. Meu apartamento era no primeiro andar de um prédio cercado de casario e essa janela da sala dava para o telhado de uma casa velhíssima, por onde transitavam os gatos do bairro.
Por onde andam hoje os gatos que não encontro mais nenhum. Naquele tempo havia gato à beça nos muros, nos telhados. “É que a vida apertou e gato dá um bom cozido”, explicou o jornaleiro. A fome aumentou e o telhado diminuiu, onde agora os telhados nos quais eles ficavam tomando sol? Caçando passarinho. Amando. Os ratos todos em plena circulação, fortalecidos. E os gatos, onde estão os gatos? Pois aquele era um gato de telhado, as manchas amarelas e pretas num fundo branco. E os olhos. Por alguma razão obscura, escolheu minha casa: estendi a mão afeita a acariciar cabeça de cachorro. Mas cabeça de gato não é cabeça de cachorro – primeira lição que ele deu ao recuar com uma soberba que me confundiu. A conquista do gato é difícil, embrulhada, não tem isso de amor repentino: mais um movimento de aproximação e ele fugiria ventando.
Fui buscar o pires de leite, deixei-o ao alcance do visitante da noite e continuei a ler o romance da virgem dos lábios de mel, mas em voz baixa, intuí que ele preferia o silêncio. Ele ou ela? Sexo de gato não é nítido como sexo de cachorro, outra diferença importante. Leva algum tempo para a descoberta do sexo, da unha e da idade.
Gato ou gata, vai se chamar Iracema, resolvi. E deixei meu hóspede, a casa é sua.
Então ouvi o ruído delicado, ele bebia leite, mas não como os cachorros bebem, sofregamente, espirrando em redor. O gato é discreto. Há que amá-lo discretamente, pensei e fiquei sorrindo. Tenho um gato.
“Tudo passa sobre a terra!” – estava escrito no final do romance que achei triste. Olhei para a outra Iracema que dormia no meio do tapete. Também você vai passar? Tu quoque, Iracema?! Não sabia ainda que permaneceria infinita na minha finitude
.”
(Lygia Fagundes Telles – texto extraído do livro A Disciplina do Amor)

" Aprender a estar só é uma necessidade que o individuo tem para criar um relacionamento saudavel consigo mesmo.É saber apreciar a propria companhia,não ter medo de acompanhar o seu intimo,entrar em contato com sua a sua natureza,caminhar por um jardim,sentir os pés amassando a area da praia a medida que anda.
Roberto Shinyashiki

" Aprender a estar só é uma necessidade que o individuo tem para criar um relacionamento saudavel consigo mesmo.É saber apreciar a propria companhia,não ter medo de acompanhar o seu intimo,entrar em contato com sua a sua natureza,caminhar por um jardim,sentir os pés amassando a area da praia a medida que anda.
Roberto Shinyashiki
Ninguém em toda natureza aprendeu a bastar-se a si mesmo como o gato
Artur da Távola

ADORO MARTHA MEDEIROS - MULHER GAÚCHA

QUANDO CHEGAR

"Quando chegar aos 30
serei uma mulher de verdade
nem Amélia num ninguém
um belo futuro pela frente
e um pouco mais de calma talvez

e quando chegar aos 50
serei livre, linda e forte
terei gente boa ao lado
saberei um pouco mais do amor
e da vida quem sabe

e quando chegar aos 90
já sem força, sem futuro, sem idade
vou fazer uma festa de prazer
convidar todos que amei
registrar tudo que sei
e morrer de saudade."
Martha Medeiros
Sempre desprezei as coisas mornas, as coisas que não provocam ódio nem paixão, as coisas definidas como mais ou menos, um filme mais ou menos ,um livro mais ou menos.
Tudo perda de tempo.
Viver tem que ser perturbador, é preciso que nossos anjos e demônios sejam despertados, e com eles sua raiva, seu orgulho, seu asco, sua adoraçao ou seu desprezo.
O que não faz você mover um músculo, o que não faz você estremecer, suar, desatinar, não merece fazer parte da sua biografia.

(trecho de O Divã)
Martha Medeiros
"Mantenha-se atrás da faixa amarela, não chegue muito perto, não acerque-se de meus traumas, não invada meus mistérios, não atrite-se com o meu passado, não tente entender nada: é proibido tocar no sagrado de cada um"
Martha Medeiros
PEDAÇOS DE MIM

Eu sou feito de
Sonhos interrompidos
detalhes despercebidos
amores mal resolvidos

Sou feito de
Choros sem ter razão
pessoas no coração
atos por impulsão

Sinto falta de
Lugares que não conheci
experiências que não vivi
momentos que já esqueci

Eu sou
Amor e carinho constante
distraída até o bastante
não paro por instante


Tive noites mal dormidas
perdi pessoas muito queridas
cumpri coisas não-prometidas

Muitas vezes eu
Desisti sem mesmo tentar
pensei em fugir,para não enfrentar
sorri para não chorar

Eu sinto pelas
Coisas que não mudei
amizades que não cultivei
aqueles que eu julguei
coisas que eu falei

Tenho saudade
De pessoas que fui conhecendo
lembranças que fui esquecendo
amigos que acabei perdendo
Mas continuo vivendo e aprendendo.
Martha Medeiros
Que minha solidão me sirva de companhia.
que eu tenha a coragem de me enfrentar.
que eu saiba ficar com o nada
e mesmo assim me sentir
como se estivesse plena de tudo. Clarice Lispector